O pior dia da minha vida

 

Ela percebe que algo muito ruim aconteceu. Falo quase sem pensar:

“o coração da mamãe foi ficando fraquinho, fraquinho, até parar”

Agora, com o rosto sem lágrimas, ela mostra um desenho: tem uma árvore, uma menina segurando uma flor e uma estrela amarelinha.

“É a mamãe que virou estrelinha”

Levar criança no velório. Decisão difícil

Não saía da minha cabeça como contar para uma criança de 5 anos que a mãe tinha morrido. Então, pedi para as diretoras da escolinha da Rafa, que estavam no velório, para entrar em contato com a psicóloga da escola.

Por telefone, fui orientado a buscar a minha filha e levá-la ao velório. Certa vez, havia lido que essa é a maneira mais adequada para a criança aceitar a morte da mãe. Mas, francamente, não concordo e não concordei naquele momento.

Não acho correto levar uma criança em um local estranho, onde há várias pessoas chorando na volta de um caixão. Comovidas, as pessoas iriam abraçá-la e dizer coisas que não sei se seriam adequadas.


Os dias seguintes

Foram tão terríveis quanto o dia que contei para Rafinha o que acontecera. Além da minha preocupação com o estado emocional dela, eu ainda tinha que torcer para que a doença não se manifestasse em nós. Por termos contato íntimo com a Eliane, certamente, éramos portadores da bactéria. O período de incubação é de dez dias, portanto poderíamos apresentar os sintomas após esse período.

Todas as manhãs, eu procurava manchas pelo corpo da Rafaela. Qualquer pinta de picada de mosquito me deixava apreensivo. Embora tivéssemos feito um tratamento com antibiótico, não havia 100% de garantia que estivéssemos livre da bactéria.

Felizmente, a doença nunca se manifestou.

Seguimos a nossa vida e encaramos de frente os problemas. Conversamos muito sobre nossos sentimentos. Não removi uma única foto da mãe da Rafa. Tem uma foto dela com a mãe.

A foto está colada na cama. Ela guarda algumas coisas da Eliane em uma caixa e, às vezes, tira para mostrar e conversar comigo.

No começo, eu pensava em passar alguns dias na casa do meu pai, mas só adiaria o sofrimento. Fui orientado a não mudar a rotina da Rafa e assim fiz.


A depressão do luto

Felizmente, escapamos da depressão. Sei que ainda temos uma jornada pela frente, mas juntos, nada vai impedir que sejamos felizes.

 


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120 comentários em “O pior dia da minha vida”

  1. No geral as crianças precisam de um apego seguro, na maioria das vzs a mãe proporciona isso, para uma estruturação de personalidade mais segura e sólida. Na ausência dela o pai ou algum familiar precisa assumir esse papel, não dá mãe, é claro, mas de uma fonte de apego seguro. Por isso a importância de uma ajuda psicológica para passar por tudo isso da melhor forma possível para os pais e para os filhos.

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  2. Me chamo Márcio. No dia 23 de Dezembro de 2018 minha querida e amada esposa foi iluminar o céu. Ele teve um câncer de mama em 2012 foi curada mas em 2016 ele voltou afetando o intestino. Fez um cirurgia usou durante quase 1ano e meio uma bolsa de colostomia e durante este tempo a quimioterapia.Em setembro de 2018 percebi que não estava fazendo mais efeito o tratamento, então conversei com os médicos que fale e verdade e me disseram que ela questão de meses para ela partir.
    E depois de 4 meses ela se foi. Com comentei o início e faleceu no dia 23 de Dezembro. No dia 24 véspera de Natal estávamos sepultando minha esposa.
    Tenho um casal de filhos minha filha agora tem 18 anos e meu filho tem 13 anos.
    A vida não tem sido fácil. Mas temos que seguir em frente. Passamos por uma psicóloga durante três meses. E na última consulta ele disse o seguinte.
    Fiquem em paz, pois vocês fizeram de tudo para ela. A saudade fica, mas o luto não pode ficar. Se vocês não ficarem em paz ela não descansará em paz. Então fiquem tranquilos e sigam em frente.
    Para que está lendo este comentário e um desabafo pois as vezes a saudade e demais
    Obrigado.

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    • Prezado Márcio. Nem posso imaginar a dor da perda quando temos mais de um filho. Digo isso porque eu vivi também a tristeza da minha filha. Com dois filhos é bastante complicado.
      O luto é uma adaptação para uma nova vida sem o ente querido. É um período de transformação, quando todos estiverem adaptados a dor que aperta nosso peito vai embora e todos ficarão bem.

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  3. Bem, procurando forças para prosseguir encontrei você.

    Hoje dia 5 de outubro de 2020, completa 3 semanas que perdi minha companheira de 15 anos, ela com 42 e eu com 40. Estava lutando contra um câncer, que infelizmente deu metastase na cabeça.

    Temos uma filha que faz 4 anos dia 7 agora e outra de 3 meses. Realmente tem dias e dias, por enquanto mais dias tristes, incertos e nebulosos.

    Momento mais difícil foi contar para nossa filha de 3 anos… Mas que supera mto melhor que nós. Inegável que mtas vezes bate um desespero, uma vontade de sumir, é muito difícil prosseguir sem minha parceira de tantos anos…

    Mas vou seguindo por elas, que precisam mto do pai, e crendo em Deus…

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    • Muitas vezes achamos que os dias que virão serão incertos, talvez nebulosos e mais tristes que o dia de hoje.

      Ficamos pensando no passado e imaginamos como será o futuro: “o que será de nós”, “minha filha irá crescer sem mãe”.

      Pensar no passado e imaginar o futuro só traz sofrimento. É uma fantasia e uma perda de energia porque não podemos mudar o passado nem adivinhar o futuro.

      Ao acordar, eu penso no dia de hoje e certo de que darei o melhor de mim como pai. Vai por mim, começar o dia com vigor, certo que fará o seu melhor, ajuda muito.

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  4. Meu nome é Luiz Júnior tenho 41,anos faz 3 meses que perdi minha esposa ela tinha também 41 anos …. Tá difícil passar por esse momento tenho duas filhas uma 20 anos e outra de 14 anos . Pois ainda estou sem base não sinto mas vontade de fazer nada tudo sem sentido hoje eu sei que tenho que dormir , trabalhar e comer me sinto apagado , só ocupando espaço . Tinha vários planos a concretizar com ela mas infelizmente não foi possível não sei se ainda vou ter forças para seguir até então estou tentando …… Mas tá difícil não sei o que vai acontecer daqui pra frente .

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    • Caro Luiz. Só o tempo fará com que a dor passe. Nesse período, seus filhos precisarão muito de você. Fique o mais próximo possível deles, abrace-os muito, beije, console, chore muito. As coisas parecem não ter sentido agora, mas com o tempo você entenderá que irá ocorrer uma transformação na vida de vocês, não será para melhor nem para pior, será uma mudança, porque a morte não é o fim, mas o começo de muitas coisas.

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  5. Dia 19 agora completo 5 anos de viúva…1
    Minha filha tinha 4 anos e 9 meses também na época …
    Na verdade, não sei como parei nesta página… acho que procurava gsrupos de pais viúvos pra participar de atividades com minha filha e ela ver que nem todas as crianças passaram por bullying na escola como ela passou e que podemos viver normalmente …
    Não sei o que passou na minha cabeça, mas foi apaziguador encontrar alguém que pense como eu e que não tenha levado uma criança de 5 anos a um velório…
    Eu me sinto péssima essa semana … do dia 12/06 ao dia 14/7 é meu período de inferno astral … sou abatida de uma tristeza profunda, de pensamentos e lembranças e amargurada pelos inúmeros “e se…”
    Eu sou grata por ter lido sua página. Menos um ” e se” na minha mente essa semana !!!

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    • Muitas vezes ouvimos de psicólogos sobre o que devemos fazer a respeito do luto, como por exemplo levar minha filha ao velório. Aprendi que não existe um manual de boas práticas do luto. É claro que devemos obter conhecimento a respeito, ouvir conselhos, mas nós é que temos que tomar decisões, porque nós é que estamos vivendo o luto e cada pessoa sofre e responde ao sentimento da perda de forma diferente.

      No entanto, precisamos viver o aqui e o agora, do contrário isso trará mais sofrimento para nós e para nossos filhos. Reviver as lembranças, boas ou ruins, o tempo todo, nos deixa depressivos. Ficar pensando em como será o nosso futuro, nos problemas que poderão ocorrer, traz ansiedade. Por isso, concentrar-se no aqui e agora é fundamental para conquistarmos nossa felicidade.

      Ao escrever sobre o meu luto, volto para o meu passado. Eu pago o preço da tristeza, mas é preciso porque ninguém fala sobre a morte e suas consequências. No entanto, assim que concluo o texto, volto para o aqui e agora, não deixo que meus pensamentos de melancolia me domine.

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  6. Oi Ronaldo. Tenho uma amiga que ficou viúva duas vezes. A primeira vez ela não tinha filhos. A segunda vez ela tinha dois filhos. O que ela me falou de sua experiência é que ter filhos ajudou a superar a perda. Viva sua história, sinta sua dor, chore quando tiver vontade e siga em frente. Viver é uma dádiva. Lembre da sua esposa, dos momentos bons e viva. Por você, por ela, por sua filha e porque viver é um milagre. Abraço.

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  7. Oi Marcos. Minha mãe ficou viuva com 44 anos. Ela numa mais se casou. 7 filhos. A dificuldade de criar sozinha os filhos a levou a ter uma crise histérica de riso no velório e ela rasgou toda a roupa. Ela amava muito meu pai. Hoje penso que talvez ela devesse ter dividido esse peso com alguém. Deve ter sido muito dificil pra ela. Eu tinha dez anos e foi importante passar pelo ritual do velório. Só não sei a partir de qual idade uma criança consegue entender isso. As crianças são muito perceptivas. Força, a dor diminui com o tempo.

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  8. Bom dia pessoal!
    Achei esta pagina e nela fiquei vendo estes comentários de pessoas que perderam seus parceiro(a) de guerra.
    Minha esposa é enfermeira, e o trabalho dela é muito estressantes, para piorar ainda trabalha a noite.
    Eu sou corretor de imóveis, e amarguei a maldita crise imobiliária, e por não conseguir sequer bancar meus custos, entrei em acordo com minha esposa.
    Ela trabalharia , já que seu salário é fixo, e eu cuidaria das 2 filhas, 1 de 5 ano hoje e outra de 9.
    Então fiquei responsável pela casa, desde do nascimento da caçula que hoje te 5 anos.
    Minha esposa tem cargo de confiança no hospital onde já passaram por 3 gestões diferentes, e cada vez 1ue troca de gestão é um inferno.
    Eu cuido das crianças, levo pra escola, faço comida, dou banho, faço tudo o que sei como pai, e o que não sei procuro aprender. Ela nunca me viu chorando, aliás nem sofrendo come esta maldita dor e sofrimento por não conseguir voltar a trabalhar, estou totalmente desanimado sem perspectiva de futuro, pois nem INSS pago mais devido a situação dos futuros aposentados. Mas até aí tudo bem, acontece que sempre no meio de algumas conversa, minha esposa fala de morte. Sempre vem com este papo que; Se eu morrer, promete cuidar e dar bastante atenção para nossas filhas?
    Uma vez ela até falou com sua irmã mais nova, pra cuidar de mim e de nossas filhas. Fiquei nervoso, porque fico imaginando o marido dela escutar isso, o que ele vai pensar.
    Sinceramente, tenho medo d perder minha esposa, não sei o que fazer, caso isso ocorrer, mas ela sempre fala disso.
    estamos a 13 anos juntos, continuo achando ela linda, inteligente e super mãe. Eu treino quase todos os dias artes marciais, é o que me ajuda a sair um.pouco das mesmices e cuidar da mente e do corpo. Por várias ela tentou mas tem preguiça, e passa a maioria das Vezes deitada. Que Deus me tira toda saúde que tenho é deixe pra ela, pois nao sei se suportaria uma perca.
    Prefiro ser enterrado antes, pois mãe é uma dor eterna quando se perde, e não quero que minhas filhas passam por isso.

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    • Eneias, como vai! Desculpa por não responder antes sua mensagem.

      A única certeza que temos na vida é de que todos nós morreremos um dia, então a pergunta é “quando morreremos”. É claro que temos que pensar no futuro de nossos filhos e em nossa velhice, mas não podemos pensar nisso o tempo todo.

      Pensar em quem vai morrer primeiro só vai trazer ansiedade e noites mal dormidas. Eu penso sempre no que tenho que fazer hoje para que eu e minha filha tenhamos um futuro digno. Provavelmente eu vou morrer antes dela, um dia conversamos sobre isso. Depois Encerramos o assunto sobre a morte. Eu voltei a trabalhar duro e ela a fazer suas obrigações de filha e ponto final.

      Grande abraço!

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  9. E sempre bom ver um post de qualidade nos dias de hoje, parabéns pela forma como mostra as coisas, eu não conhecia este site mas com certeza vou voltar mais vezes.

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  10. Olá…desejo muita força e sabedoria para que possam passar por tudo isso…perdi meu marido para um câncer em 2017, setembro, sei como nos fragiliza, mas também nos faz enxergar a vida com um olhar diferente, com a certeza de que temos que valorizar as pessoas que amamos e o que nos é dado a cada dia, as coisas simples e o que realmente vale a pena. Não tivemos filhos, mas tenho a certeza de que Deus estará em seu coração lhe conduzindo para que possam ser força um na vida do outro. Te admiro muito…
    Ana Paula

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    • Bom pessoal ,acabei de passar por isso minha esposa faleceu a duas semanas em um acidente de moto eu estava juntamente a ele no ocorrido e por Deus sai vivo , a questão é que temos um filho de dois anos que era agarrado demais com ela e essa noite dia 11 de setembro de 2019 foi a pior noite de minha vida meu filho ficou a madrugada toda chamando pela mamãe. Me bateu um desespero enorme mais consegui dobrar meus joelhos e orar pedido a ajuda de Deus … Ele acabou pegando no sono as cinco e meia da manhã e eu estou sem dormir até agora com medo que ele acorde e comece a chorar novamente. Tem sido dias bem difíceis mais como a Bíblia nos relata que nem uma folha cai da árvore se não for a vontade de Deus … deixarei whats para conversarmos caso queiram sei que um pode ajudar o outro. 41984914389

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  11. Estou começando a enfrentar este novo desafio da ponte

    Minha esposa faleceu no dia 8/10/2018 em um grave acidente de moto.

    Sempre fui um pai presente e ativo nos cuidados do nosso filho que acabou de completar 8 meses

    Tem sido dias difíceis, mas tenho mantido a cabeça no lugar, pois sei q agora mais que nunca este menino precisa muito de mim.

    Estava casado a apenas 2 anos e estávamos cheios de planos pro futuro que em um passe de mágica tudo ficou de cabeça para baixo.

    Estou começando a perceber a importância de se trabalhar e vivenciar o luto em busca de tentar amenizar a dor para q no futuro quando for conversar com ele sobre sua mãe que consiga transmitir as informações de forma mais leve sem tanta dor.

    Tantas perguntas e duvidas passam pela minha cabeça sobre como contar, como mantê-la presente em nossa vida etc.

    Acabei levando-o para se despedir no velório mas solicitei um momento só nosso para isso e para mim acalmou um pouco meu coração de ter feito isso.

    Não tirei o direito dele de se despedir a sua maneira da pessoa mais importante da vida dele.

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    • Força aí amigo, perdi minha esposa dia 10/06/2019, ela teve Lupos quando descobrimos a doença já estava bem avançada e não deu 2 meses para ela partir.
      Nao está sendo fácil tbm tenho um filho de 1 ano e 4 meses, ela faleceu dia 10/06 e nosso filho fez 1 ano dia 14/06, nos iriamos fazer 4 anos de casados dia 26/06 e ela 23 anos dia 28/06 sem falar que tbm noivamos dia 27/06.
      Fica muitas perguntas em nossa cabeça de como vamos refazer os planos e sonhos, como vamos encarar isso quando o filho comecar a perguntar sobre a mãe, entre outras coisas, mas o que tem me fortalecido é Deus e peço em minhas orações que me dê sabedoria para educar e que sempre fique na presença De Deus.
      Eu sei que os planos de Deus são maiores do que os nosso e confio nele, como ja foi dito não cai uma folha da árvore se não for permissão dele, mas confesso que as vezes bate o medo, desespero, saudades d+, lembranças, não tem sido fácil mais Deus tem me colocado de pé dia apos dia, e com tudo isso minha fé nele não abalou pelo contrario aumentou e muito.
      Que Deus nos abençoe e de forças, amém

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      • Que história triste…perdi meu marido em setembro de 2017, ele teve câncer, mas não tínhamos filhos…imagino que não esteja sendo fácil pra vc…mas lhe desejo força. O tempo se encarrega de ajeitar as coisas.

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  12. A três meses perdi minha esposa, depois de dois meses que ela teve a nossa primeira e única filha, ela teve uma trombose venosa no cérebro, por conta de anticoncepcionais, e não resistiu, ela tinha 21 anos e eu tenho 24, minha bebê atualmente tem 6 meses, estou em depressão profunda, quase tentei me matar, desesperado , mas hoje estou melhorando, hoje caiu a fiha que tenho uma filha, e ela precisa de mim, esse site me fortaleceu a seguir, é difícil mas vou lutar, obrigado.

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    • Claro que é difícil, Luiz. Mas eu posso te garantir que essa dor irá passar um dia. Não tem prazo. Quando você achar que a dor foi embora, ela voltará e vai te puxar para baixo. Aguente firme quando isso acontecer, não faça bobagens porque o dia seguinte será diferente. A minha dor passou. Aprendi muito com tudo o que aconteceu. Tenho uma filha saudável e feliz, é o que importa!

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      • Obrigado pelas palavras, essa luta não tem prazo de acabar mesmo, mas estou superando, e sei que minha esposa onde estiver , quer me ver bem, cuidando da minha filha e sendo um bom pai, hoje tudo que faço é pra minha esposa sentir orgulho de mim, e sei que ela sentirá.

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      • Olá , eu sou o geraldo oliveira e perdir minha esposa no dia 15 de julho deste ano de 2019 estou sofrendo muito, pois temos 3 crianças, uma menina com 8 outra com 2 e um bebê com 2 meses nasceu com 7 meses na cesariana, no dia ela foi para o CTI e nosso filho para a encubadora, ela ficou 3 semanas no CTI e eu não consigo tirar da minha mente aquelas imagens, pois ela sofreu muito , pessoas a todos que orem por mim e meus filhos pois a dor e implacável, a minha esposa Márcia teve lupos.

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  13. Fiquei viúvo em 14 de dezembro de 2017, no dia em que completamos 26 anos de casado. A Alda teve câncer e nos deixou com 47 anos de idade. Até hoje não me recuperei, cometi um monte de atos errados, mas com ajuda dos meus filhos, estou me aprumando. Morri junto com ela naquele dia, hoje sou uma pessoa completamente diferente, em meus objetivo de vida no valor que dou às coisas. Mas a dor ainda é insuportável, e a solidão em alguns momento simplesmente massacra

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    • Você não têm nem um ano de perda, Raphael. É pouco tempo para se recuperar. Aliás, eu nem uso palavras domo “recuperar”, “superar” quando se trata de luto. Luto não é uma doença para gente se recuperar, nem um desafio a ser superado. Luto é luto. Um sentimento que não conseguimos explicar direito. Acredito que a palavra melhor para descrever a passagem do processo do luto seria “adaptar”. Passar pelo luto é uma adaptação para uma nova vida sem a pessoa que amávamos.

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      • Boa noite.
        Nossa você disse tudo, luto é adaptar a nova vida sem a pessoa que amamos focando naquelas que ficaram, filhos , amigos e parentes.

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  14. Parabéns pelo blog. Sou professora e convivo com diversas situações com as crianças e uma delas é a dor da perda.
    Elas têm uma “mágica” dentro delas que possibilita que a dor seja lindamente transformada em saudades…têm uma facilidade imensa de expor o que sentem e, por isso, a capacidade de desabafar e aliviar o coraçãozinho.
    Amo o que faço…ser professora. Perdi meu marido há 1 ano para um cãncer de pulmão.
    Não tínhamos filhos, mas ele sim do primeiro casamento.
    Três meninas…muito triste. Quero deixar aqui os meus parabéns pela iniciativa do blog e me colocar à disposição para o que puder ajudar as famílias que passam por essa dor. Meu whats é 89766 1507.
    Que Deus ilumine grandemente os papais e mamães que deixaram aqui o seu depoimento!

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  15. Boa noite ,meu nome Edimar Ferreira De Abreu perdi minha amada esposa dia 20/03/2018 hoje está sendo um dia muito escuro pra mim estava vendo videos dela falando com nossa filha na barriga perdi ela dois dias depois do parto nossa bebê BV e linda uma verdadeira princesa ,mais eu não estou conseguindo curti ela muito por que estou muito abalado ela muito jovem 22 anos eu com 30 anos estávamos muito apaixonados fazendo muitos planos mais infelizmente Deus agradou dela é retirou ela de mim,orem por mim e minha família nunca passei por algo parecido as dor é é muito intensa vi ela na UTI esse dois dias as imagens não saí da minha cabeça a voz dela brincando comigo nunca mais vou me reucupere desse trauma

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    • Perdi minha esposa Maria Rosana no dia 28/05/2018. Tínhamos 30 anos de casados. Ela faleceu com câncer de pulmão. Hoje faz mais de 40 dias, mas a dor e a saudades só aumentam a cada dia que passa. Sempre lembro de nossos momentos juntos, nossas coisas em comum, nossas conversas, coisas nossas. Ela era tudo em minha vida mas agora já se foi. Não sei como será minha vida sem ela.

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  16. Oi,
    Eu perdi meus esposo e esta fazendo um mês e 6 dias , mais ou menos.
    Tenho um filho de três anos , e me dói muito vê -lo sentir tanta falta do pai . Eu preferi não levá -lo ao velório, não sei se fiz o correto mas pensei que apesar de ter ficado 42 dias sem ter visto o pai, poderia ser horrivel ter que vê-lo em uma urna…. No mesmo dia eu falei a verdade a ele . Doeu muito .
    Nessa Páscoa foi muito doloroso ver meu garoto querendo colo de qualquer figura masculina na missa… esta na psicóloga ….
    Desculpa , não consigo falar mais.

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  17. oi ,sou viovo, 45 anos , tenho um casal de filhos maravilhos q os amo muito mas ja sao compomisados e graca a deus e os que realmente sao pais e mae d verdade c vc tambem passou ou passa algo semelhante indepndente de tudo sou uma pessoa totalmente e contra a qualquer tipo de preconceito eu amo a vida agor neste momento porque ate nosso processimo suspiro e inserto e entao eu so que se alguem ai do outro lado quizer trocar ideia ficarei honrrado meu numero 997444215

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  18. Minha esposa faleceu 25.09.17 de um câncer renal . Foram quase 2 anos de luta e agora é meio inacreditável que isso tenha acontecido. Graças a Deus, Julia (07 anos) está muito bem. Ela já estava muito acostumada que eu a cuidava nos últimos tempos. Tive também a sorte de ter encontrado no hospital uma psicologa que me orientou como contar pra Julia do falecimento da mãe e funcionou bem. Ela tem falado da mãe com muita naturalidade, segue sua rotina na escola e está muito bem amparada. Moramos na Argentina e não temos família aqui, tenho muito a agradecer aos vizinhos, as mães da escola e também as professoras nesse momentp difícil. Espero que realmente o tempo sirva para diminuir a dor e tenho a certeza que Julia será minha luz nesse caminho.

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    • Olá, Márcio. Desculpa pela demora em responder. Estou tentando me organizar melhor para estar mais presente aqui no blog.
      Que bom que a sua filha está bem e vivendo o processo do luto de forma tranquila.
      Com certeza o tempo diminuirá a sua dor e restará as lembranças dos bom momentos entre vocês.
      Um grande abraço. Fiquem em paz!

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  19. Acompanho você pelo blog e pelo face… Perdi minha esposa vai fazer 02 anos e mais recente minha mãe, ficaram eu e meu filho de seis anos, não esta sendo nada facil lidar com a saudade. Tive que abandonar tudo para cuidar de meu filho, pois com a perda da minha mãe, agora só resta eu e ele. Mais Deus nunca erra e tudo que acontece é por sua permissão. Meu filho, converso muito com ele e nunca menti, apenas respeito a sua idade, graças a Deus vejo ele bem as vezes melhor do que eu, fica um vazio muito grande um buraco, mais temos que continuar a nossa missão aqui na terra. ABRAÇOS…FIQUEM COM DEUS.

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    • Também tive que largar quase tudo para dar atenção a minha filha.
      A minha sorte é que a minha profissão permite que eu trabalhe em casa, mesmo assim, tive problemas financeiros porque só podia trabalhar 4 horas por dia.
      Mas deu tudo certo, a Rafa está crescendo e eu tenho mais tempo para trabalhar.
      Grande abraço!

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    • Sri como é a dor da perda. Perdi meu marido para o câncer há um ano.
      Se quiser conversar meu whats é 98766 1507. Sempre bom trocar experiências quando vivemos algo parecido não é?!

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  20. Meu nome e Andrey, 25 anos. Perdi minha esposa 24 anos a menos d 15 dias ela passou o dia bem aparentemente as 7 fui deitar ela e minha enteada d 3 ano foram escovar os dentes minha esposa caiu no banheiro e la faleceu. Perdi a fé na vida e to muito mal,

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    • É difícil, Andrey. Fiquei péssimo quando minha esposa morreu e deixou minha filha de 5 anos para eu cuidar.
      Vai fazer 3 anos e muita coisa aconteceu desde então.
      Estamos bem e felizes. Só o tempo faz a gente se livrar da dor.

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      • Olá Andrey! Todos nós que passamos por isso sabemos o quanto é duro e desesperador no início. Há 9 meses minha mulher se foi e eu fiquei com 3 crianças. Apesar da saudade e de sentir muita falta, a dor diminui com o tempo. Não perca a fé em nada, você já mostrou que é lutador e vencedor. Siga a sua vida e tente um recomeço. Você consegue. Grande abraço!

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        • Ola, acabei de perder minha esposa. Temos 3 filhas duas adolescentes e umaa crianca de 6 anos. Estou totalmente perdido, nao sei o que fazer. Amigos tem me ajudado. Mas confesso que a jornada sera dificil. Minha mente ta uma nuvem negra. Preciso desabafar. 31 984482318 zap

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          • Será um jornada difícil, mas posso dizer, com a experiência de um pai viúvo, que a gente se adapta a essa nova vida. A dor da perda não tem data certa pra passar. Um dia ela irá embora e ficará a saudade. A tristeza de nossos filhos é o que mais faz a gente sofrer, no entanto eles são fortes e resilientes. Muita paz pra vocês!

  21. O pior dia da minha vida…foi dia 11/05/17 minha amada esposa faleceu, nesse dia ela já tinha recebido alta de uma cirurgia no intestino por conta da doença de crhow que tinha desde os 14 anos e agora com 30anos teve uma embolia pulmonar assim que tomou banho para sair do hospital, suas últimas palavras foi dizer aos médicos que precisa ver Manuela, nossa filha de 3 anos….meu Deus e agora?

    Dois dias depois disse para ela pois via todos chorarem e contei a história da estrelinha, ela chorou muito sentida junto com toda minha família que estava ao redor e nesse momento pensei que não iria aguentar tanta angústia, minha filha que amo tanto estava sofrendo e eu me sentia impotente…..hj faz 9 dias e minha família, amigos e um anjo (pisicologa da escolinha) estão me ajudando muito e sei que vou superar e fazer a Manuela uma criança super feliz….

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    • Os professores das crianças são muito importantes nessa hora. Acho estranho porque não encontramos nenhum texto ou artigo a respeito da importância dos professores na convivência com a criança enlutada

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  22. Há menos de um mês, ao chegar em casa, quando colocava o carro na garagem, percebi que minha filha de um ano e meio não parava de chorar.

    Entrei mais rápido que o normal e ao chegar ao quarto vi a cena mais terrível da minha vida, minha esposa de 28 anos, que estava grávida de 7 meses e meio, estava em óbito na cama.

    O chão se abriu embaixo de meus pés e o mundo ficou escuro, assim descrevo aquele dia, só tive forças para pegar minha filha e fazer uma ligação para o serviço de emergência, depois recebi a notícia que não houve tempo de salvar o bebê também, era outra menina como já sabíamos.

    Já estava tudo preparado para sua chegada, estávamos esperando e chegada de uma vida e se foram duas, desde então estou tentando retomar a vida e cuidar de nossa filha, porém, é muito difícil.

    Sempre que lembro dele não consigo segurar a emoção e as lágrimas rolam pelo rosto, tenho certeza que essa dor dará lugar a saudade e tudo irá caminhar novamente.

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    • Faz quase três anos que a mãe da Rafa morreu e eu ainda me emociono. Então eu acho que não superamos, mas nos adaptamos a uma nova vida.

      O luto é como uma ponte que precisamos atravessar. A ponte balança, parece que vai desabar, mas ela não cai. Juntos, eu e a minha filha, precisamos seguir em frente para atravessá-la.

      Do outro lado há uma nova vida, nem melhor, nem pior do que aquela que deixamos para trás. Só é diferente.

      Desse lado da ponte, não sentimos mais aquele medo da ponte desabar. Agora estamos mais confiantes e mais fortes, prontos para encarar novos desafios nessa jornada que se chama vida.

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  23. Os vi na Fátima Bernardes.

    Também fiquei viúvo a um ano e meio e fiquei com minha filha de 21 anos, que no dia do sepultamento me disse, pai perdi minha maior melhor amiga.

    Foi um grande baque perdi minha querida esposa, mas tive a sorte de minha filha já estar criada e muito bem criada pela a minha querida. Essa filha me ajudou a seguir em frente e estou vendo que independente da idade elas nos levam pra frente.

    Amigos, todos vcs que estão com suas filhinhas pequenas, confiem, elas mostrarão o caminho, somente não esqueçam de ama-las com muita força, a saudade nunca passa mas juntos conseguiremos superar a perda.

    Ronaldo, parabéns pela a sua coragem de demonstrar sentimentos como vc próprio disse, não fomos criados para demonstrar sentimentos, mas elas nos ensinam que sentir, ajuda a superar. Bela iniciativa do BLOG.

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    • Olá, João! Temos muito a aprender com nossas meninas. São corajosas e amorosas. Obrigado a participar do blog, seu depoimento é importante.

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  24. Acabei de ver a participação de vocês no Encontro.

    Não passei por nenhuma situação nem parecida, mas ler os sentimentos seus e da Rafa, e as histórias nos comentários, me emocionaram muito.

    Nesse momento, eu não sei nem como expressar minha admiração por todos vocês que precisam deixar a dor de lado e cuidar dos filhos sem o pai ou mãe, e desejo a todos os pais e mães viúvos, e aos filhos.

    Que Deus esteja sempre com vocês, os protegendo, amando e fortalecendo. Ronaldo, você é incrível, e a Rafa deve morrer de orgulho de ter um pai como você, parabéns por passar todos os dias de maneira brilhante por essa missão tão difícil.

    Você é digno de muita admiração de todos os seres humanos, meus sinceros parabéns.

    Muita força e luz para você e para a linda Rafaela.

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  25. Olá Pai Viúvo.

    Também sou um pai viúvo, com um filho de 05 anos também.

    Perdi minha esposa dia 20/02/17, de um AVC. Ficou internada no hospital desde 12/12/16.

    Foram 68 dias de muito sofrimento, mas também de momentos alegres e emocionantes.

    Tive a oportunidade, depois de mais de 20 dias de UTI, de conviver com ela no quarto. Ficaram muitas sequelas. Fala, movimentos… mas conseguíamos nos comunicar com os olhos dela (sim olhos para cima, não olhos para baixo).

    Consegui, nessas 05 semanas de quarto, dizer tudo que sentia por ela. Falei muito do meu amor por ela e que ela ficasse tranquila que qualquer coisa que fosse acontecer, eu ajudaria ela.

    Enfim, legal ter um canal assim para trocar umas ideias com quem também passou por isso que estou passando.

    Dói muito, mas sei que o tempo irá ajudar.

    Grande abraço!

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    • Olá, Rodrigo. Obrigado por participar. Ler os depoimentos e escrever o que sentimos é muito importante porque ajuda a nós mesmos e a outras pessoas a assimilarem melhor a perda e a perceber que há muitas histórias semelhantes a nossa.

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      • É uma ferida muito recente. Acredito que aos pouco vou conseguir superar toda essa dor e ausência dela e acabar sendo uma saudade doce e boa. Por enquanto ainda está muito doído.
        Grande abraço e força para nós!

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  26. Dia 01/12 um dos dia que não sai da minha cabeça.

    O Clayton havia feito o exame mielograma no dia 30, infelizmente bem no dia do meu aniversário. Estávamos esperando o exame ficar pronto dia 02.

    Me lembro que levantamos, fui lavar roupas e planejávamos fazer compras à tarde, quando minha irmã me liga e diz que a médica pediu para o Clayton ir no consultório.

    Ele mais que depressa pediu para eu olhar na internet o resultado do exame, quando olhei deu 90% de blastos, quando coloquei o resultado no Google, na hora apareceu leucemia mielóide aguda, minha garganta fechou fui tomada por um desespero inicial, mas mantive a calma, engoli o choro.

    Precisava ser forte para dar esta notícia para ele, precisava ser forte, pra cuidar também do bebê que estava dentro de mim.

    De repente, alguém bate no portão. Era a mãe dele e um amigo para levar ele para internar. A mãe tentou segurar o choro e esconder, mas eu disse “ele já sabe e esta bem, tem fé suficiente pra enfrentar isso, vamos em frente”.
    No fundo, estava anestesiada. Fomos para o consultório onde a médica disse o que a gente já sabia. Encaminhou ele para internar.

    Deu muita esperança de cura, foi tudo rápido. Saímos dali direto para o hospital, e lá ele foi encaminhado para o quarto.

    Eu, tentando ser forte, acabei passando mal, tendo que ser medicada com a pressão alta.

    Enfim, foram longos 14 dias. Ele estava bem, me lembro de ter colocado comida na boca dele por mimo mesmo. Ele queria ser paparicado, gostava disso. Tinha tanta fé de sair bem daquele lugar. Eu e a Giovanna orávamos todos os dias declarando que ele estava curado, iria voltar pra casa.

    Não houve tempo de despedida, não houve tempo do último pedido, porém ele se foi amando eu e as crianças. Para ele não existia esposa melhor que eu, nem filhas melhores que a dele.

    Eu não tenho remorso. Disse tudo que queria e fiz por ele tudo que eu podia fazer. Lembro que o único dia que ficou triste foi no dia 14.

    Foi para o CTI e lá não podia ficar com o celular, me ligava o dia todo. Enfim, fui embora do hospital abalada. Porém, tinha deixado ele bem.

    A médica ainda falou assim: “ele ficará aqui ate estabilizar, umas 24 horas somente”. Lembro muito desse dia. Cheguei em casa não tinha uma gota de água. Tive que dormir sem tomar banho. às 5h50 da manhã meu telefone toca, era do hospital. Pediram pra ir e levar documentos dele. Tremia muito. Liguei para meu cunhado me levar, até mobilizar as pessoas pra ficar com as crianças. Tomei banho, meus dentes não paravam de bater, pedi calma a Deus e, na mesma hora, me acalmei.

    Chegando no hospital, um médico muito grosso, me deu a notícia sem se quer um preparo, mesmo sabendo que eu estava grávida. Não acreditei. Fiquei inconformada.

    Queria ver ele, assim me chamaram pra ver. Ele estava no mesmo lugar que eu tinha visto ele vivo pela última vez. Enrolado em um lençol, coloquei a mão sobre a testa dele, ainda estava quente. Não acreditava na morte.

    Fui para casa da minha irmã em choque, na esperança de receber uma ligação que o coração tinha voltado a bater, mas pelo contrário, só recebia visita de consolo e um pedido para escolher a roupa que ele usaria no velório, pedido de documento para fazer o atestado de óbito, e assim foi passei o dia deitada na esperança de tudo mudar.

    Às 22h, o horário que estava marcado para começar o velório, me levantei e fui. Chegando lá, ainda havia esperança dele não estar lá.

    Quando eu vi tantos amigos e familiares, as pernas não aguentaram. Precisei sentar e ter força para ver e acreditar. Eu, ali naquele cemitério, e as minhas filhas achando que teriam somente uma noite do pijama ao lado das primas.

    Me recordo de uma frase triste que meu sobrinho falou, as crianças não sabiam o que estava acontecendo, ao ver meus irmãos, e outros sobrinhos já maiores chorando. O meu sobrinho de 7 anos disse “nossa, tá todo mundo chorando”. Nesse momento começou a chover e ele disse: “até Deus está chorando”. Me derramei em lágrimas, então foi sepultado e a vida voltava ao normal.

    Apesar da minha dor, as contas chegavam, minhas filhas tinham que comer, juntei meus caquinhos e fui dar entrada na pensão. Ele faleceu dia 15/12. Marcaram para eu dar entrada em abril. O INSS não queria saber o que iríamos comer, beber e vestir.

    Nesses 4 meses, chegando o Natal, minha filha Giovanna pede a Deus que ele deixe o pai vir para nossa casa, pelo menos no Natal. Isso partiu meu coração. Foram muitas humilhações que eu sofri, tantas perguntas sem resposta, tanta raiva, tanta dor, às vezes revoltas, mas encontrei varias pessoas que me ajudaram e ajudam até hoje, e o amor de Deus que é tudo pra mim.

    Minha vida mudou muito, fui forte pelos meus filhos, pelo meu bebê que ainda estava no ventre, e o tempo foi passando, a dor aumentando, mas a gente vai percebendo qual caminho certo a seguir.

    Meu esposo me faz muita falta, e não adianta as pessoas dizerem eu imagino, só quem passa sabe. Hoje estou aqui vestida com uma armadura, mas meu coração esta ferido, mesmo assim me sinto feliz e grata a Deus por tudo que tenho, por tudo que sou, principalmente pela vida dos meus filhos, a lição que eu tirei disso tudo.

    A gente se engana muito com as pessoas. Deus dá uma força imensa no momento certo, ele nunca te abandona, confie nele, se entregue a ele todo seu coração e tudo vai da certo.

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    • Oi Ana Paula. Você descreveu exatamente o que passei em novembro de 2016.

      Minha esposa faleceu e me deixou uma bebê de menos de um mês. Ainda hoje sinto como se vivesse um pesadelo e que acordarei a qualquer momento e tudo não passará de um sonho ruim. Só quem vive essa situação pode saber o quanto, muitas vezes, é asfixiante, dolorosa, cruel…

      Como essa pessoa amada nos faz falta o tempo todo. De fato, só Deus para nos dar consolo e nos fazer seguir em frente, pelos filhos principalmente. Sou solidário a sua dor e ao seu momento.

      Que deus continue abençoando você e sua família e que você, bem como eu, supere com sabedoria e esperança esse momento tão duro.

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      • Olá Marcio é muito difícil mesmo são tantos sentimentos misturados, dor, medo, angustia,raiva,incertezas,aí a gente se encontra em uma situação que a única saída e lutar e seguir e muitas vezes esquecer de nós mesmo,comer sem ter vontade, sorrir sem ter motivos, tudo pelos filhos,eles dependem de nós.

        Lembro bem o dia que eu fui em uma consulta estava com a pressão alta e poderia ficar, minha filha olhou para mim e disse’Mamãe você vai voltar né? eu disse sim filha vou, mesmo não sabendo,ela disse meu pai foi para o hospital e não voltou, eu nesta hora fui para o banheiro e respirei fundo não chorei para não causar mais preocupação para ela.

        Graças a DEUS deu tudo certo no parto apesar das pessoas perguntarem direto cadê o pai do seu bebê , ou então dizerem nossa 3 filhos agora você vai ligar né, ou dizer nossa duas meninas, o pai deve ta babando que agora é um menino, mas infelizmente eu não tinha mais o pai né , ele não viveu para conhecer o seu filho homem.

        DEUS ta no controle e um conselho que eu dou, não se desespere confie,façam o que é certo sempre independente da vontade de as vezes jogar tudo pro ar,nem sempre acreditar em DEUS são os joelhos que se dobram,mas sim os que permanecem de pé, o milagre somos nós.

        Parabéns aos pais que cuidam dos seus filhos, quero indicar três filmes,os corajosos, você acredita, e o caminho para eternidade, vai fortalecer vocês.

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        • Ana Paula, passei exatamente por isso em setembro de 2018. Estava na metade da gestação de nosso terceiro filho. Como foi de repente, provavelmente um AVC, nem houve tempo de nos despedirmos. Hoje é o primeiro dia dos pais sem ele. Fico pensando quantas vezes mais essa data será um peso pra nós! Me mudei para um apartamento em outra cidade, troquei a escola, estamos refazendo a rotina com o novo bebê que, em meio a tudo isso, só nos trouxe esperança e alegria. O que posso dizer é que temos que nos apegar em Deus, com a família e com os verdadeiros amigos. O mais difícil pra mim é pensar em como vou orientar a de 2 anos e o bebê sobre o pai, não quero que se sintam subtraídos, esquecidos…. Como é difícil! Só Deus pra dar forças.

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      • Estou passando por isso, a minha esposa Faleceu no último dia 19 11 2017, estou sofrendo muito, mas tenho que cuidar de duas crianças, Ana Clara e Gustavo, nossas vidas. Faleceu de uma forma repentina, entrou no hospital para fazer o tratamento da PTT, e acabou não saindo, tudo se agravou por causa de uma infeção, adquirida no próprio hospital Santa Isabel.

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  27. Olá. Fiquei viúvo em 20 de novembro de 2016. Tenho uma filha de 8 anos, um menino de 5 e uma bebê de 50 dias. Minha mulher fez o parto em 27 de outubro, no dia 29 passou por uma cirurgia de duas úlceras duodenais.

    No dia 2 de novembro foi operada novamente. Estava se recuperando bem, mas uma pneumonia inesperada ceifou-lhe a vida. O mais difícil foi contar para as crianças. Ninguém que passa por essa situação conseguiria imaginar como é duro seguir adiante.

    Que Deus nos abençoe. Parabéns pela sua iniciativa.

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    • Sabe, Márcio, eu percebi que nesses dois anos sem a mãe da Rafa que o que aconteceu nos deixou mais fortes, mais seguros e com coragem para enfrentar qualquer desafio.

      A Rafa é uma criança com uma autoestima muito grande, como disse a sua professora do 1º ano. Eu acredito que isso tem a ver com a nossa vivência muito próxima e a vontade de nós dois ajudar um ao outro.

      Mesmo ela tendo somente 5 anos de idade na época, ela estava sempre querendo me agradar e disposta a ajudar.

      Eu tenho certeza que você e as crianças irão se adaptar e ficarão mais unidos do que nunca. Um abraço e obrigado pelas suas palavras!

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      • É verdade. Os filhos nos impulsionam e nos fazem ver uma renovação na vida, apesar das circunstâncias. Você tem razão, eu e meus filhos estamos mais unidos mesmo, cuidando uns dos outros em amor. Com o decorrer do tempo pretendo contar como estamos. Grande abraço e felicidades!

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    • Olá Marcio…sou professora e convivo com muitas situações e uma delas é a perda. Que Deus o abençõe e lhe dê sabedoria para que possa fazer o seu melhor. Perdi meu marida há um ano para um câncer de pulmão.
      Se quiser conversar, estou à disposição. É bom desabafar com alguém diferente e que passou pir experíências diferentes, mas tão dolorosas quanto…vou deixar meu whats…98766 1507. Fique com Deus…

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  28. Olá, Muito bom o depoimento de vcs pq assim não sinto que fui castigada por Deus.

    Há 16 dias perdi meu marido, ele tinha acabado de receber alta da oncologista, estava curado e teve um choque séptico fatal, minha filha de 6 anos ainda não colocou para fora, não chorou, fala o tempo todo e ora pedindo a Deus que o devolva, ontem estávamos dando uma volta de carro e ela me disse que ele estava ali com a gente, o sofrimento é imenso, a casa era alegria pura e agora um silêncio, somos só nós duas.

    Estou com muito medo de não dar conta, a dor no peito é muito forte e a solidão nem se fala, Maria está reagindo bem, continua a mesma rotina, mas não sorri e quer saber de tudo após a morte.

    Ela é muito madura para acreditar em estrelinhas, já falei isso, e ela respondeu que não é possível, que o papai está fazendo um curso com Jesus para ser anjo.

    O maior orgulho que tinha era ter dado uma família feliz para Maria e agora ela não aceita não ter papai, está com vergonha de ir para escola, já está preocupada como vai fazer nos dias dos pais.

    Ainda não acredito que tudo isso está acontecendo?

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    • De 5 para 6 anos de idade a criança muda muito. A Rafaela vai fazer 7 anos agora em julho e não fala mais em estrelinha. Aos poucos, eu falo para ela sobre as religiões e o que elas dizem sobre a morte. Mas não dá para ir a fundo no assunto porque já é difícil para um adulto, imagina para uma criança de 6 anos.

      Sempre conversamos muito sobre o que aconteceu e sobre nossa tristeza. Conversar sobre o assunto foi muito importante. Quando ela dizia que queria que a mãe voltasse para o planeta Terra eu dizia que isso não era possível. Foi se acostumando com a ideia e hoje aceita a morte da mãe. Finalmente, voltou a ser feliz.

      O Dia das Mães ainda é um problema para nós, eu entendo perfeitamente a sua preocupação com o Dia dos Pais. Nessas datas festivas como Dia dos Pais, das Mães e apresentações de fim de ano, a criança sofre porque vê a outras crianças felizes sendo abraçadas pelos seus pais. Notei pelos comentários dos pais no blog que as crianças tem reações diferentes sobre esses eventos na escola. Acho que a criança deve decidir se quer participar e o pai ou a mãe tem que combinar com os professores como serão os ensaios e o dia da apresentação.

      Infelizmente a vida não é perfeita. A morte está presente nas famílias. Coisas ruins acontecem com qualquer pessoa, no entanto essas coisas ruins nos deixam mais fortes e algo incrível pode surgir de um acontecimento trágico. A criação desse blog, por exemplo, foi motivada por uma tragédia em nossa vida e, segundo as mensagens que recebo todos os dias, tem ajudado muita gente.

      A sua filha vai superar esse momento e você ainda vai aprender muito com ela. Vai dar tudo certo!

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  29. Só quem passa por isso sabe como é, perdi meu marido de forma trágica em um acidente próximo a casa de meus pais, uma coisa sem explicação, que me pergunto por que? Hoje completa 30 dias, e a cada dia que passa a saudade bate, só que o problema maior é a nossa filha que tem 3 anos, não estou sabendo como lidar com esse assunto, hoje ela queria ver o pai, e perguntou se ele morreu, ela não participou do funeral. A dor pior é por ela.

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    • Aline. Realmente, a gente sofre em dobro por causa de nossos filhos.

      Eu também não quis levar minha filha no velório. Mas fui orientado para que ela fizesse um desenho de despedida da mãe para que entendesse que a mãe não voltaria mais. É muito importante que a criança entenda que o pai ou a mãe não voltará mais. Foi muito difícil.

      A minha filha estava com 5 anos. Nessa idade, a criança está começando a compreender o conceito de morte. A Rafaela teve dois hamsters que morreram antes da mãe falecer. Então, ela já sabia que quando os animais morrem eles não voltam, assim como as pessoas.

      Fiz com que ela compreendesse que a mãe não estaria mais com a gente, mas estará sempre cuidando de nós e sempre nos amará.

      Alguém da família disse que a mãe virou estrelinha. Por muito tempo isso me incomodou porque alguns psicólogos dizem que não se deve dizer isso, no entanto, depois eu entendi que o importante é a criança saber que a mãe não voltará e não há nada de errado em dizer que virou uma estrela. Na minha opinião e experiência própria, o lúdico da estrelinha amarela foi muito importante para a Rafaela. É assim que ela se expressa em seus desenhos. Aliás, os desenhos foram importantíssimos para a Rafaela. “Pai, quando eu desenho a saudade vai embora”, disse ela uma vez.

      Veja aqui ela contando sobre como fazia para não ficar triste: https://paiviuvo.com.br/rafaela-da-agora-duas-dicas-para-as-criancas-nao-ficarem-tristes/

      As crianças de 3 anos, como no caso da sua filha, ainda não entendem que a morte é algo finito. Elas acham que a mãe ou o pai vão voltar. É importante dizer sempre que eles não voltarão, mas estará sempre amando ela. No caso da Rafa, eu disse que ela está lá no céu, olhando para nós e sempre vai nos amar. “Mas e de dia quando as estrelas não aparecem, como ela vai cuidar de nós?”, disse ela. “As estrelas estão lá em cima, só que o brilho do sol não deixa a gente enxergar”, respondi. É assim, temos que responder tudo.

      Vai dar tudo certo, Aline! Muita paz pra vocês.

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      • Obrigada mesmo pela atenção, a minha filha hoje perguntou se o pai morreu, foi respondido que sim, pois ela falou que estava com muita saudade e queria vê-lo, ai foi mostrado foto dele, ficou bem, mas sei que a saudade aperta, mas não tenho como fugir da realidade. Tenho que trabalhar ela fica com minha mãe vai a escola, esta seguindo o ritmo normal, porém eu não consigo me concentrar nas tarefas. Mas Parabéns pelo blog, é muito bom. Obrigada.

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  30. boa tarde meu amigo!

    infelizmente estou passando pela mesma situação,minha esposa faleceu a 30 dias vitima de Lupus e deixou nossa filha de apenas 4 anos de idade do sendo mãe e pai e com a ajuda de minha mãe, não ta fácil estou tentando seguir em frente firme e forte,já contamos para ela que a mamãe virou estrelinha e foi morar com papai do céu graças a deus ela reagiu muito bem e todos os dias sentamos na garagem para conversamos com ela olhando para o céu ,Deus abençoe você e sua filha.

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    • Carinho e atenção é o que mais importa para nossos filhos. Principalmente nesse momento tão difícil.

      Eu converso muito com a Rafa. Com o tempo, fica natural falar sobre a mãe. Muita paz pra vocês!

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  31. Meu amigo, compartilho sua dor, sei o que é faz 10 meses e meio que perdi minha esposa.

    Coincidência o chamava ELIANE, foi aos 41 anos, de AVC Hemorrágico, foram 5 dias de sofrimento na UTI, eu só com minha mãe ajudando a cuidar de minha filha Bianca Elise, de 3 anos e 9 meses e o mundo desabando em minha volta, também trabalho em casa sou corretor. Ela também virou uma estrela, esta no céu, meu psicologo.

    Hoje é mais que um irmão, ainda busco um sentido para esta morte esta duro lidar com tudo, moro longe de minha família, uma sobrinha veio morar comigo, estuda e me ajuda muito, e minha irmã esta ajudando muito, mas família é família, desde o velório meu irmão não fala comigo problemas de família, mas entendo o que nós passamos e hoje, digo a você tudo tem um sentido, elas se foram não foi a toa, nós temos e ficamos com uma missão, um objetivo, para com nossas filhas, busquei em amigos uma ajuda e consegui novos amigos, irmãos que me ajudaram e ajudam até hoje e continuarão.

    Tenha em sua mente Deus deixou-nos essa missão temos de superar e ser pai e mãe, e a minha esposa estranhamente no dia das mães no ano passado não tirou nenhuma foto junto com a filha, na escolinha, o cartão da máquina tinha 5 fotos só isso, tenho certeza que ela pressentia o fim o seu espírito sabia, e preparou tanto a mim quanto a Bibi para isso, hoje é minha filha e como ela brinca eu sou seu filho.

    Cara é duro mas hoje estou abrindo para um estranho isso é difícil falar, mas temos de fazer pois só assim superaremos nossa dor.

    Força, para nós e todos os pais e mães que tem esta missão aqui na terra, criar só os filhos, Deus sempre tem um objetivo lá no final descobriremos.

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    • É muito importante falar, expor o que a gente sente. Guardar a dor só piora! Vamos em frente com a nossa missão! Obrigado por comentar e pelas suas palavras.

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  32. Parabéns pelo site amigo… Muito bem feito e belos posts.

    A vida é dura. Mas vai dar tudo certo.

    Estou torcendo pela felicidade de voces

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  33. Boa noite. Sei como é difícil isso.

    O mesmo aconteceu comigo: perdi meu marido de forma repentina; dormi casada e amanheci viúva. Na época, minha filha tinha 2 anos e meio, agora está com 5.

    Ela vê os filmes e fotos com ele, mas diz que não se lembra dele, o que é natural, pois era muito novinha. Mas sente muitas saudades e fala que o ama muito.

    Tive que lidar com a minha dor e a da minha filha. Realmente, é muito difícil. Seu trabalho e como você lida com isso é muito bonito. Abraços.

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  34. Muito legal a iniciativa.
    Desejo de coração a você e sua filha que sejam muito felizes.

    Passei por algo similar.
    Lidei melhor com a situação através da meditação.

    Paz para você e sua família.

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  35. Boa noite, Ronaldo!!Não nos conhecemos pessoalmente, mas eu trabalhava com a Lili na fábrica. Ontem ao ver o programa da Fátima, passou um filme em nossas mentes a respeito de tudo o que aconteceu.

    Todos nós gostávamos muito dela.Com toda a alegria que tinha e o bom humor, ela fazia a diferença no nosso dia. Era a nossa rotina almoçar juntas, Eu ela e o Jô (Joédson).

    Ao mesmo tempo que se abateu a tristeza novamente sobre nós, confesso que fiquei um pouco aliviada ao ver vocês, pq uma das perguntas que faziamos era como a Rafa, a Bia e vc estavam, pq não tinha um dia que a Lili não falava sobre elas e não contava as novidades da Rafa.

    Fiquem com Deus, torço muito pela felicidade de vocês!!!Grande Abraço!!

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    • Oi, Daiane. A Eliane está fazendo falta na vida de muitas pessoas. Ela era uma daquelas pessoas que passa pela vida da gente e deixa algo de bom para sempre. Estamos ótimos. Todo mundo feliz e saudável.

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  36. Boa noite Ronaldo!!!

    Como é difícil aceitar, diregir e ter que dar essa notícia aos nossos filhos. Minha filhota tinha 2 anos e 7 meses quando o pai dela saiu para trabalhar e não voltou mais. Um trágico acidente de seu carro com um bitren tirou a sua vida.

    Eu disse à ela que o pai agora mora no céu, Deus o chamou. É claro que aos poucos muitas perguntas foram surgindo. Hoje ela escutou um pouco do programa Encontro, o qual eu via a sua reportagem e daí fez a pergunta: “mamãe como que o papai foi para o céu?”

    Pela primeira vez falei do acidente, nossa… como foi difícil pra mim. Ainda não usei a palavra morte com ela. Hoje ela tem 3 anos e 10 meses e em muitos momentos é ela o meu consolo.

    Tenho escrito muitos momentos para que ela possa ler quando crescer e sempre faço de tudo para manter a presença e a lembrança do pai na vida dela.

    Parabéns pela forma como tem conduzido. Deus te abençoe e lhe sabedoria.

    Responder
  37. Parabéns Ronaldo! Assisti um pouco da sua história no programa Encontro e fiquei muito tocada pela forma e força que você vem conduzindo todo esse processo com a pequena Rafa.

    Perdi meu pai e um acidente quando eu tinha apenas 6 anos e sofri minha vida inteira tentando imaginar como poderia ter sido tudo diferente se ele estive comigo.

    Fiquei sem pai, sem mãe e passei por muita tristeza. Hoje sou casada e tenho duas filhas lindas.

    Mesmo sem embasamento, faço questão de transmitir a elas todo o carinho que aprendi a nunca receber.

    Vocês são fortes e certamente terão uma vida linda pela frente.

    Responder
  38. Conheci seu blog através do programa Encontro.
    Me emocionei demais com os desenhos da sua linda filha, e com seus depoimentos no blog.
    espero que possam superar juntos essa terrível perda, e que Deus com sua imensa misericórdia possa confortar o seu coração…

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      • Parabéns pelo blog. Sou professora e convivo com diversas situações com as crianças e uma delas é a dor da perda.
        Elas têm uma “mágica” dentro delas que possibilita que a dor seja lindamente transformada em saudades…têm uma facilidade imensa de expor o que sentem e, por isso, a capacidade de desabafar e aliviar o coraçãozinho. Amo o que faço…ser professora. Perdi meu marido há 1 ano para um cãncer de pulmão. Não tínhamos filhos, mas ele sim do primeiro casamento.
        Três meninas…muito triste.
        Quero deixar aqui os meus parabéns pela iniciativa do blog e me colocar à disposição para o que puder ajudar as famílias que passam por essa dor. Meu whats é 89766 1507.
        Que Deus ilumine grandemente os papais e mamães que deixaram aqui o seu depoimento!

        Responder
  39. Meu irmão acabou de perder a esposa de forma repentina.

    Minha cunhada tinha 42 anos e foi vítima de um aneurisma. Foi tudo muito rápido. Ela faleceu em uma semana no hospital. Assim como vc ele ficou com minha sobrinha de 5 anos, a Julyana.

    Estamos ainda meio que em estado de choque e tentando segurar essa barra pesadíssima junto com ele. Ele é meu irmão caçula. Temos outra irmã do meio e eu sou a mais velho. Temos nos mantido unidos.

    Proporcionando à Julyana o convívio com os primos. Mas como me dói!!! Meu filho tem 6 anos e não consigo imaginar como seria a vida dele sem mim ou sem o pai. Pra nós que somos pais essa é uma situação que causa dor só de imaginar… Hj se tornou uma questão de honra pra mim ajudá-lo nessa jornada. Ela já sabe que a mãe não vai voltar.

    Está meio em negação. Não toca no assunto. Estamos cercando ela de amor e atenção para que essa perda não lhe cause traumas. É muito triste… Tenho crises de choro e não paro de pensar.

    Indiquei seu blog pro meu irmão pois acredito que somente alguém que tenha passado por algo semelhante sabe exatamente o que ele está passando. Minha cunhada faleceu no último dia 28/01/16.

    Abraço e seu blog será leitura frequente pra nós.

    Responder
    • Oi, Adriana. Obrigado por participar. É muito difícil para nós, pais viúvos, porque não achamos que somos capazes de criar nossas filhas tão bem quanto as mães. E, sinceramente, não somos. É impossível substituir uma mãe. No entanto, a nossa missão é fazê-las felizes tanto quanto possível.

      Sabe, Adriana, os homens não gostam de falar de seus sentimentos sobre o luto. Talvez seja por isso que eu comecei a desenhar, é mais fácil do que falar. Tem um site muito interessante que trata justamente sobre isso http://www.vamosfalarsobreoluto.com.br.

      Por favor, continue postando seu comentários no blog. Isso pode ajudar outras famílias a superar essa fase difícil.

      Responder
      • Olá, Ronaldo. Boa noite.

        Obrigada pelas palavras. Acredito que a sensação de se ver sem a esposa e com a missão de dar proseguimento à criação de uma menina de 5 anos seja uma situação que amedronta… Afinal, como vc mesmo disse, impossível substituir uma mãe.

        Fico observando meu irmão ao mesmo tempo que sofrendo se esforçando para preencher esse espaço que de repente ficou vazio. A Juju tem apresentado alguns comportamentos que eu ainda não consegui definir bem. Em alguns momentos ela super bem e de repente fica irritada, chorona, manhosa… Principalmente quando está perto dele.

        Vc percebeu esse tipo de mudança de comportamento em sua filha? Fico pensando se não seria a forma que ela está encontrado de extravasar essa saudade / tristeza que ela está sentindo. Confesso que estou perdida… Meu irmão não acredita em psicologia. Sobre o site eu conheço. Nas minhas pesquisas da internet.

        E foi através dele que achei seu blog. Meu irmão está fechado. E compreendo que vcs homens nao se sintam confortáveis em expor sentimentos… Mas isso também me preocupa.

        Tenho medo que ele fique depressivo. Será que posso ajudar de alguma forma?
        Abraço,

        Responder
        • Boa noite, Adriana.

          O comportamento da Juju parece ser muito parecido com o da Rafa. A irritação ainda ocorre na Rafa, manha e falar sozinha é bastante frequente. Hoje, indo para o supermercado de carro, olhei pelo espelho e ela estava de olhos fechados e as mãos juntas, rezando.

          Ela não quis me dizer sobre o que rezava, eu respeitei.

          Apesar disso, quase sempre ela está rindo e brincando. Não estou mais preocupado dela ficar com traumas. Acredito que esse comportamento faz parte da adaptação.

          Os homens são todos iguais, não é mesmo? Eu também “desconfio” da psicologia 🙂 Eu leio bastante, assisto aos vídeos, mas filtro o que não concordo. Uma coisa eu concordo com eles: o luto é passageiro.

          Perder alguém que amamos faz parte da vida.

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  40. A Nati tb expressa os sentimentos nos desenhos e o papai está sempre feliz lá no céu. Trabalho de casa e graças a Deus consigo ficar mais tempo com minha filha. Não sei ao certo qual o nosso estágio aqui em casa. Eu ainda sofro.

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    • Edna, é incrível como as crianças são otimistas e demonstram através do desenho que o pai ou a mãe estão felizes no céu. A Rafa sempre desenhava a estrelinha sorrindo.

      A gente nunca sabe ao certo qual o estágio que estamos, acredito que não é tão definido.

      Acho que a tristeza da perda é como um redemoinho que puxa a gente pra baixo e temos que fazer força pra subir e respirar. Com o tempo, ele vai perdendo a força. Comigo, atualmente, ele reaparece às vezes. Parece que nunca vai desaparecer de vez.

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  41. Minha filha acompanhou todo o sofrimento do pai do começo ao fim, e ficou muito abalada, decidi levar para um psicologo pq até eu mesma estava perdida. Tb não tenho paciência com psicologo, levei por 3 meses e desisti.

    Vi que eu como mãe saberia lidar melhor com a situação. O meu tratamento foi: viajar bastante e sempre estar rodeado de amigos e família.

    Hoje vejo que o resultado foi ótimo para ela, ela sempre fala do pai com muito carinho, aqui em casa é proibido por minha filha falar do papai na época da doença, só podemos falar dele das épocas boas e de muitas alegrias.

    Ele não morreu e sim foi morar no céu, pq aqui os médicos não encontraram remédios para curar o papai, e como o papai sentia muita dor Deus resolver levar o papai para o céu para cuidar dele lá.

    Hoje o papai não sente mais dor e está super bem, cuidando da gente lá de cima e um dia a gente vai viajar para o céu e encontrar o papai. O céu está muito feliz pq o papai fica fazendo palhaçadas lá e todo mundo chora de rir.

    Está foi a explicação que dei para ela sobre o falecimento do papai.

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    • Muito carinho de professores, amigos, primos, avós, carinho de todos é fundamental.

      Está sendo assim com a Rafa e funcionou. Preferi não fazer ela estudar no turno integral para que eu fique mais tempo com ela. Eu trabalho em casa, isso ajuda muito.

      A Rafa não ficou com a imagem da mãe doente porque foi tudo muito rápido, pouco mais de 24h. Ainda bem, porque ela ficou com um aspecto horrível. Conversamos muito sobre nossos sentimentos, como você deve ter visto nos desenhos que eu fiz. Pior do que a nossa tristeza é suportar a tristeza de nossos filhos.

      Pesquisando muito, encontrei um vídeo que fala das fases do luto – está publicado neste blog.

      Acho que estamos quase na última fase, não tenho certeza porque não é assim tão definido como eles dizem.

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  42. O pior dia da minha vida…Foi quando falei para minha filha de 06 anos que o papai agora morava no céu. Sei muito bem o que vc sentiu e sente, pq passei por isso há 11 meses.

    Vi o desenho da sua filha falando que não queria ir na comemoração do dias das mães na escola. Minha filha falou: Mamãe não quero ir no dia das mães pq não será justo com o papai que está no céu .

    Não fui em nenhum comemoração sempre respeitando o sentimento da minha filha.

    Ela amava o pai, passou por psicólogo que cuida de luto infantil.

    Não é, e não foi fácil, mas sou, ou melhor, estou forte pq tenho a minha filha, ela perdeu o pai e não deixarei ela perder a mãe, continuo transmitindo para ela muito alegria, brincadeiras, viagens…tudo para que a gente consiga suportar a dor do luto e das saudades.

    Meu marido faleceu com 38 anos de câncer, nunca pensei em ser viúva com apenas 38 anos, tínhamos a mesma idade e muitos sonhos e planos.

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    • Edna, obrigado por colaborar com seu comentário. Poucas pessoas tem coragem de falar sobre o seu próprio luto. Hoje em dia, o luto virou um tabu e ninguém fala ou gosta de ouvir sobre o assunto. O resultado é que há pouca literatura. Só vejo psicólogos repetindo os mesmos assuntos, o mesmo discurso e ditando como devemos agir. Por isso é muito importante que as pessoas falem sobre o que estão sentindo e como superaram o luto. Não tenho nada contra os psicólogos, só acho que um único discurso não é bom.

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    • Boa noite Ronaldo.

      Conheci sua história hoje no programa encontro, chorei muito, vivi algo parecido há cinco anos atrás.

      Meu marido morreu d forma bruta e repentina, teve depressão e se suicidou, tenho filhos gêmeos e na época eles tinham cinco anos.

      Foi um pesadelo, por um momento nosso chão desapareceu, ficamos perdidos, a dor sufocava.

      Como você disse contar da morte é muito, muito difícil, parece que somos nós que estamos tirando o outro deles, mais ao contrário de você, pensei ser melhor leva los ao velório, foi sofrido, mais importante.

      Tão pequenos e tendo que passar por tão grande sofrimento, os dias que se seguiram foram quase insuportáveis, na hora de dormir, ficávamos deitados nós três abraçados chorando e eles perguntando ”mamãe o papai vai chegar?”.

      Na verdade até eu esperava ele chegar, com a ajuda de Deus estamos superando dia após dia, como você mesmo disse, uns fáceis outros difíceis.

      Eles também desenhavam muito e desenham até hoje e escrevem cartas pra mim falando da saudade do pai e do que sentem. Na escola, ganho os cartões de dia dos pais, deixei eles escolherem se queriam fazer ou não, dar a alguém ou guardar e eles sempre me entregam.

      Comigo é o contrário, você disse que não sabe arrumar o cabelo da Rafaela, eu não sei jogar bola, conversamos muito.

      Hoje olho pra eles e me alegro que mesmo sem um pai terreno, são filhos amorosos, bênçãos em minha vida, a dor existe, porém mais suave.

      Até hoje nos abraçamos e choramos e vamos continuar conversando e chorando pra expressar o que sentimos.

      Você está certo é muito importante falar sobre o luto, essa dor que nos sufoca, q leva um pedaço de nós, mais Deus deixa outro pra mostrar que há vida para nós após a morte de alguém que amamos. Obrigado por me emocionar.

      Que Deus continue abençoando você e a Rafaela, que tenham força e coragem pra seguir. Paz.

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  43. Meu irmão acabou de ficar viúvo.

    Minha cunhada estava grávida e entrou em trabalho de parto na noite do dia 05/12/15 minha sobrinha nasceu às 22:00 quatro horas após o parto minha cunhada veio à falecer, nós estamos até agora sem uma resposta porque nem mesmo a autópsia foi capaz de dizer a causa.

    Minha família está em pedaços, meu irmão é a tristeza em vida e nós ñ sabemos direito como lidar com essa perda tão repentina e inesperada.

    Gostaríamos muito que ele tivesse contato com alguém que tenha passado pela mesma perda, pois acho que só alguém que tenha sentido essa dor vai conseguir compreender o que ele está passando, só não sabemos como fazer isso.

    Eu já procurei fórum de discussões com homens viúvos mas ñ encontrei, você por um acaso ñ teria alguma dica para nos dar?

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    • Oi, Tatiane. Sinto pela sua cunhada e pelo seu irmão. Não existe muita literatura a respeito do luto, a não ser alguns depoimentos de psicólogos que sempre falam a mesma coisa, mas existem clínicas especializadas que podem ajudar seu irmão.

      Posso relatar aqui minha experiência como pai que passou por esse momento terrível, talvez isso ajude vocês a lidarem com a situação, no entanto, é minha opinião pessoal.

      Eu enfrentei a tristeza de uma forma mais consistente quando percebi que a partir daquele momento eu teria uma missão: cuidar da minha filha para que ela fosse feliz mesmo sem a mãe. Acredito que o seu irmão tem a mesma missão, assim como todos os pais viúvos. O desafio assusta, nos perguntamos “por que isso aconteceu comigo”, o fato é que não há resposta, só temos que cumprir nossa missão.

      Meus familiares deram apoio, mas o que eu achei mais legal foi que eles não ficaram em cima o tempo todo, respeitaram minha privacidade. Eu precisa, às vezes, ficar sozinho para por as coisas em ordem na minha cabeça. No entanto, é quando estamos sozinhos que a tristeza aperta mais o nosso peito.

      A tristeza não vai embora de uma hora para outra, a minha ainda não foi, são etapas do luto que temos que avançar uma após a outra. Os psicólogos afirmam que existem 5 fases do luto, veja o vídeo https://paiviuvo.com.br/as-5-etapas-do-luto/, é mais ou menos o que está acontecendo comigo.

      Mas a vida segue e temos que olhar para frente.

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      • Cara sei do seu sofrimento fiquei viúvo com uma filha de 18 anos e um bebê recém nascido de três dias de vida minha esposa faleceu e fique criando minha bebê, hoje ela está com 5 anos.

        Só Deus e a família sabe que estou passando dói muito ainda a falta da minha esposa hj minha filhinha olha para o céu e diz que a mamãe virou uma estrelinha, dói muito, uma ferida difícil de cicatrizar, mas Deus tem dado forças.

        Parabéns sei que vc também é um guerreiro preparado por Deus grande abraço e forças.

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      • ola amigo
        sei exatamente do que esta falando
        aconteceu comigo agora
        nos estávamos a 14 anos juntos
        temos duas filhas, uma de 4 anos e uma de 10
        foi muito duro dizer a elas
        levei elas ainda na madrugada q ainda estava vazio no velório foi muito difícil
        meu sofrimento é um posso sem fim
        desculpas as escritas erradas nesse exato momento estou digitando chorando…
        disse a elas q a mamãe agora é uma estrelinha e a menor de 4 anos toda noite me chama no quintal para mostrar a estrelinha q eu disse q e a mãe delas…
        to desesperado não sei o q fazer a dor e insuportável ela só tinha 33 anos
        foi aneurisma cerebral…
        todo dia conto historinhas para elas, a menorsinha nao me perde de vista um só segundo…

        desejo só vitoria para vc amigo
        pois esse vazio nunca sera ocupado

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      • Meu nome é marco,tenho 52 anos ,perdi minha esposa a 4 dias.tenho uma filha de onze anos e uma enteada de 24 que já casou e não mora mais comigo. Estou ainda procurando caminhos que devo seguir agora em diante.tudo é muito difícil.ainda não avaliei como eu e minha filha vamos reagir nos próximos diad

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        • Meu nome é heraldo tenho 30 anos, sou pai de 3 meninos e uma menina:, os gêmeos de 7 anos,Davi de 4 anos e a caçula de 3. E eu perdi minha amada esposa há um ano pro câncer de mama e tenho me esforçado pra criar meus 4 filhos sozinho. O luto é terrível… Se alguém tiver interesse em conversar meu ZAP é 73 988361170 não tem muitas pessoas c om quem eu possa conversar . Só quem já passou sabe o que é

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