A Rafa chorou muito depois da formatura porque a mãe não estava lá para abraçá-la. ”Ela está no céu, Rafa, assistindo a tua formatura”, disse eu. Ela enxugou as lágrimas e voltou para o palco para abraçar a profe Andri, o abraço mais próximo de um abraço materno, algo que eu jamais poderei dar, porque sou pai, um tipo de abraço muito diferente.
Depois, comecei a questionar-me se isso estava fazendo bem a minha filha. Analisando com mais calma, acredito que se ela quer estar com os amigos nesses momentos tão importantes, é melhor que participe. Quanto a participar de apresentações no Dia das Mães, ainda não tenho certeza.
Vivi algo parecido e acho muito importante conversar com eles e ouvi los, tentar ao menos prepara los para possíveis inconvenientes, perguntas difíceis, comentários desnecessários. Também mostrar pra eles que nem sempre o outro vai entender a nossa dor, sempre pergunto a meus filhos o que acham melhor e respeito a vontade deles d ir ou não.
A Rafinha, assim como outras crianças que estão passando por isso, sempre tem algo a nos ensinar. Obrigado por escrever no blog.