SOBRE O BLOG PAI VIÚVO

Desenhos: uma forma de expressar meus sentimentos e nosso dia a dia

Comecei a desenhar depois que minha filha de cinco anos disse que a saudade ia embora quando ela desenhava.

Uso meu celular para fazer as histórias ilustradas, desta forma, ganho tempo. Afinal, cuidar de uma filha de cinco anos e trabalhar em casa não é tarefa fácil.

Pretendo transformar as histórias em um livro ou ebook interativo. Se você é um editor, por favor, entre em contato.

 

OBJETIVO

Mostrar as pessoas que estão passando por um período de luto que é possível continuar a viver com alegria, enfrentando os problemas de frente e aproveitando os bons momentos com as pessoas que amamos. Aceitar a perda é uma ilusão, mas podemos conviver com ela.

 

O QUE ACONTECEU COM A MÃE DA RAFA

Recebi uma ligação da minha esposa por volta das 17h. Ela estava no trabalho e pediu para que eu fosse buscá-la porque estava passando muito mal e com febre alta. Ao entrar no carro, percebi a gravidade do seu estado físico.

Seus braços tremiam sem controle, uma dor forte na garganta e dificuldade em respirar. Imediatamente, fomos à emergência de um dos melhores hospitais de Porto Alegre.

Ficamos lá durante horas, acho que três ou quatro horas. Não pude acompanhá-la na consulta porque disseram que eu não podia. Hoje, me arrependo de não ter insistido. Quando foi liberada, perguntei qual era o diagnóstico: “uma indisposição”, disse ela.

O médico receitou um remédio para dor e febre e mandou-a pra casa.

No dia seguinte, acordou vomitando, com fortes dores no abdômen, febre alta e manchas por todo corpo. “Mãe, tu tá cheia de pinta!”, disse a Rafa enquanto a mãe trocava de roupa para irmos, novamente, à emergência.

Por fim, diagnosticaram-na com Meningite Meningocócica tipo C, a mais brutal e fatal das bactérias causadoras da Meningite. Faleceu naquele dia. Vinte e nove horas depois do primeiro sintoma.

Até hoje, sinceramente, não aceito isso. Como alguém pode morrer desse jeito no século 21? Não aceito que um médico mande para casa um paciente sem examiná-lo detalhadamente e sem nenhum tipo de exame.

“Ele nem me tocou”, disse minha esposa quando saiu da emergência. Não aceito que minha filha de cinco anos cresça sem a mãe, mas convivo com isso, não deixo que a revolta e a tristeza tome conta de mim.

 

MINHA MISSÃO

Eu tenho uma missão: cuidar e educar minha filha para que ela cresça saudável e feliz e, quem sabe, ela ajude a tornar nosso país um lugar melhor.

Todo pai tem esse desejo para com seus filhos, mesmo que não seja viúvo, no entanto, costumamos dividir essa tarefa com a mãe.

Quando perdemos nossa companheira, a missão ganha um outro sentido e uma dimensão maior.

sobre o blog pai viuvo

Fiz essa ilustração usando um filtro do meu celular em uma foto que a Eliane tirou antes de falecer.

Na época, achei a foto feia. Agora, ganhou milhões de significados. A travessia da ponte, eu e minha filha de mãos dadas, uma despedida vista através dos olhos da mãe, o sentimento de solidão, tudo parece significar alguma coisa. Na verdade, quando passamos por uma situação de perda de um ente querido, ficamos sensíveis e mais espiritualizados, mesmo eu, um agnóstico declarado.

Acredito que o ser humano carrega dentro de si um sentimento de espiritualidade. Alguns são mais espiritualizados, outros menos, mas todos o possuem. Mesmo o mais cético dos ateus um dia cederá e questionará sua convicção.

 

 

 


QUEM SOU EU

Meu nome é Ronaldo Baker Kaipper, pai viúvo, designer, especialista em Marketing Digital e Design Gráfico, proprietário da Baker Design e Marketing Digital.

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Ronaldo B. K.

Nas horas vagas, à noite ou às 6h da manhã, nos finais de semana, eu trabalho no conteúdo do blog. Eu não me importo em trabalhar tanto, é muito importante para nós e para as pessoas que nos seguem. Aliás eu gostaria de agradecê-las: MUITO OBRIGADO POR PARTICIPAR!!!

 


Ajude as pessoas com seu comentário. Role a página até o final e conte a sua história.

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25 comentários em “SOBRE O BLOG PAI VIÚVO”

  1. Olá galera minha história é a seguinte no dia 10 de junho der 2019, perdi minha esposa(Isabel), ela estava com lupos, a alguns meses antes de seu falecimento tinha sido diagnósticado artrite, porém quando ela teve uma consulta de retorno no médico ela estava com muitas dores e herpes na boca ( devido a baixa imunidade) e havia aparecido pequenas manchas no rosto, a médica no momento em que a viu falou que estava suspeitando de lupus e se confirmou, de um retorno acabou internando e com menos de 2 meses ela faleceu.
    Ela faleceu dia 10 de junho e iríamos fazer 4 anos de casados dia 26 ela iria fazer 23 anos dia 28 e nosso filho fez 1 ano dia 14.
    Dá para imaginar como fiquei nesse mês, daqui 5 dias faz 1 ano que ela se foi, e não está sendo fácil cuidar do meu filho sem a presença dela, ainda tenho muita saudades e ainda dói a perda dela pois éramos muito próximos e conpanheirismo, e o amor era resipocro, mais Deus tem me dado força e sei que ele fez o melhor pois não queria ver ela sofrendo igual estava, acredito que ela está bem melhor do que nós e estou vencendo e graças a Deus tenho meu filho para me dar forças pois depois de Deus foi por ele que me reergui, ainda temos muita história para viver e sei que ela iria falar para mim não me abater sacudir a poeira por eu tenho um filho para cuidar com muito amor e carinho.
    Meu nome é Welton 29 anos e meu filho chama Murilo

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    • Olá, Welton. A gente se pergunta: “por que isso aconteceu comigo?”. Na verdade, não há resposta e nem vale à pena procurarmos por ela. Temos que cuidar da nossa saúde, dar muito amor a nossos filhos para que cresçam fortes e se tornem adultos bem resolvidos. É o que importa agora.

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  2. Olá Ronaldo,
    Tenho 34 anos e há aproximadamente uma semana perdi minha amada esposa, após uma eclampsia pós parto. Felizmente minha filha sobreviveu ao parto (tenho outra filha de 3 anos).
    Realmente é uma dor indiscritível, beirando o insuportável. Tive pensamentos suicidas, entretanto, meus amigos e meus familiares tem me amparado neste momento tão difícil.
    O que me deixa mais inseguro é saber que tenho toda uma vida pela frente para criar minhas duas filhas, tendo que superar medos, traumas, etc. Além disso, minha esposa e eu faziamos praticamente tudo juntos, o que me causa mais insegurança ainda. Viver sem uma pessoa para compartilhar experiências, modelar o comportamento das crianças, além da própria intimidade típica de um casal não está sendo fácil….

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    • Você terá uma nova vida a partir de agora. Não será nem melhor, nem pior, será uma vida diferente.

      Vai ser difícil, mas a dor vai passar. Aproveite os primeiros anos do luto para conhecer melhor você mesmo.

      Não tente compensar a tristeza com bebida em excesso, comida e outros prazeres porque isso vai aliviar sua dor durante poucas horas, depois volta tudo de novo.

      Pensamentos suicidas são momentâneos, então fique calmo que o desejo vai passar.

      Suas filhas vão precisar muito de você, por isso fique o mais próximo possível delas. Abrace muito, beije muito, façam coisas juntos.

      Elas irão lembrar com muito carinho de todo o amor que você deu a elas nesse período tão difícil. Se tornarão adultas mais fortes, mais compreensivas, mais resilientes e serão mães também amorosas.

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    • Olá meu nome é Carol com fé em Deus tudo vai da certo vocês vão da a voltar por cima e vai superar esse momento triste. Força, Fé e Foco.

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    • Olá Cláudio, boa tarde, sou novo com relação as redes sociais, afinal a minha esposa é quem fazia praticamente tudo pra mim em relação a internet. Peço que pra entrar em contato pra compartilhar o meu momento e buscar forças pra tentar superar um pouco da minha dor.

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  3. Minha esposa se foi no último dia 10 de outubro.
    Demos entrada no Hospital no dia 07.
    Disseram que foi uma pneumonia devastadora que não apresentou sintomas.
    Ainda esperamos a autópsia porque as coisas mudaram em 3 dias.
    Temos 2 filhos. De 8 e 6 anos.
    Espero que Deus me dê forças porque é muito difícil ficar sem a mulher que esteve comigo nos últimos 17 anos.
    Dói demais.

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  4. Uma dor tão grande parece ser um pouco amenizada ao saber que muitas pessoas passam pela mesma situação e conseguem se superar.
    Sigamos em frente por nossos filhos…

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  5. Ronaldo sou Odair Paiva.
    agradeço desde já a oportunidade de ler sua história e de seus leitores e agradeço a seu site por poder compartilhar a minha, é abrir o meu coração.
    Espero ver minha história no seu site abraço meu amigo, seguimos invictos pela fé.

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  6. Olá Ronaldo , acontecia comingo também.
    No dia 09/06/2015, fiquei viúvo e pai de três filhas meninas, Jessica tinha 19, Joyce tinha 17 e Geovana 11 anos de idade.
    Fiquei sem chão olhava para minhas filhas e não conseguia ver uma luz adiante passando pow vários problemas sentimentais e financeiros na época, mas ainda a amava e respeitava muito a mãe delas.
    Sinto um vazio enorme q ninguem q nunca passou por isso vai entender o tamanho do cratera q ficou.
    Tds os dias tento ser um pai melhor olho para elas três e hj consigo ver um futuro melhor.
    hj elas já amadureceram cresceram e estão cada dia me surpreendo mas, me ajudam a cuidar da mas nova e tds moram comigo, mas eu sou o pai e mãe de três meninas.
    Às vezes me pego a pensar o por q aconteceu isso com a gnt, mas como a morte só tem uma desculpa.
    Procuro cuidar delas da melhor maneira possível.
    Sei q nunca um pai irá conseguir fazer 100 % o papel de uma mãe q sempre trabalhou fora, sempre cuidou da casa e dos filhos, uma guerreira, mas temos q seguir em frente.
    Agradeço muito a oportunidade de poder dividir um pouco da minha história com vc e seus leitores.
    Olho para a parede da minha sala e vejo uma foto eu e minhas três filhas, sentados olhando fixamente para a mãe dela batendo a foto.
    Hj entendo o por que ela não estava naquela foto só eu e minhas três filhas.
    Ali começava o meu caminho a seguir eu Deus e minhas três filhas.
    Tds os dias peço força a Deus para continuar a minha missão aqui na terra eu minhas filhas.
    Às vezes me pego a pensar nos momentos bons q essa guerreira nos proporcionou, saudade eterna de Odair paiva e família para Eliane de Jesus paiva🇧🇷🍀🌹

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    • Bom ler a sua história e saber que tudo está dando certo.
      Outros pais e mães têm aqui a oportunidade de descobrirem que não são os únicos a enfrentar a dor do luto e que a morte de um ente querido é um processo de adaptação para uma nova vida e de autoconhecimento.

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  7. Ronaldo, não sei se você tem noção da importância e dimensão do seu blog. Essa troca de experiências acalma o coração de todos nós. Há quatro anos, minha vida parou e começou de novo quando eu perdi o meu marido de repente. Minha filha Julia tinha 1 ano e até hoje estamos aprendendo a viver o que eu chamo dessa “nova vida”. Sim, vivemos duas vidas em uma e percebemos como o ser humano se adapta a novas realidades. Não vou dizer que foram dias fáceis, mas hoje consigo manter apenas a gratidão pelos dias que compartilhei a vida com o meu marido e por ter ganho o melhor presente de todos: minha filha e companheira. Espero de coração que vocês estejam bem. Todos nós evoluímos nesses momentos e o fato de você dividir a sua experiência é muito especial. Obrigada!

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    • Oi, Stella. Confesso que às vezes fico um pouco confuso se estou realmente ajudando as pessoas, porque não sou psicólogo, só conto a nossa história.
      Obrigado por participar do blog. Às vezes fico um pouco longe daqui, mas sempre volto e respondo as mensagens. Estamos muito bem, obrigado. Muita paz para vocês!

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  8. Olá Ronaldo. Fiquei viúvo há pouco menos de um mês e sou pai de Julia de 07 anos. Ela é minha inspiração, minha luz todos os dias, que me faz sorrir e encarar a vida que tenho pela frente . Vou ler seus textos todos e certamente irão me ajudar. Obrigado pela iniciativa. Um abraço

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  9. Olá, queridos!
    Saudades dos vídeos, em especial da Rafinha, com todo o seu carisma e docilidade!
    Só hoje conheci seu blog e pude ler seus artigos…Só posso dar os parabéns!
    Muitas pessoas, não gostam ou não conseguem expor o que sentem, falar sobre os sentimentos e sobre o que nos entristece, é uma prova de coragem e vontade de seguir em frente.
    Desejo de coração que vocês estejam bem, repletos de paz e felicidade!
    Bjs.

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    • Estamos ótimos! Não tenho publicado muita coisa porque estou com muito trabalho e preciso colocar em dia, do contrário meus clientes vão embora 🙂
      Obrigado por conhecer nosso blog!

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  10. Olá Ronaldo,também sou um Pai viúvo, e tenho dois filhos maravilhosos pequenos.Li o teu Post e de outros Pais. .
    Sucesso e continue dando força a outros pais !

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  11. Olá Ronaldo. Também sou um pai viúvo, com um filho de 05 anos também. Perdi minha esposa dia 20/02/17, de um AVC. Ficou internada no hospital desde 12/12/16. Foram 68 dias de muito sofrimento, mas também de momentos alegres e emocionantes. Tive a oportunidade, depois de mais de 20 dias de UTI, de conviver com ela no quarto. Ficaram muitas sequelas. Fala, movimentos… mas conseguíamos nos comunicar com os olhos dela (sim olhos para cima, não olhos para baixo). Consegui, nessas 05 semanas de quarto, dizer tudo que sentia por ela. Falei muito do meu amor por ela e que ela ficasse tranquila que qualquer coisa que fosse acontecer, eu ajudaria ela.
    Enfim, legal ter um canal assim para trocar umas ideias com quem também passou por isso que estou passando.
    Dói muito, mas sei que o tempo irá ajudar.
    Grande abraço!

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  12. Boa tarde, Ronaldo.

    Aconteceu isso comigo, também minha esposa faleceu e estava grávida de 04 meses, deixou eu mais 02 filhos, sendo minha filha com 08 anos e meu filho com 11 anos. Não consegui acreditar ainda que no dia 24/12 estávamos todos alegres, felizes e cinco dias depois ela falece. a Dor que eu sinto e insuportável, mais ver meus filhos com essa dor, me derruba cada dia mais. Parabéns pela sua iniciativa, pois lendo alguns depoimentos estou buscando forças para seguir.

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    • Além de ter que suportar a nossa dor, temos que suportar a dor da tristeza de nossos filhos. Seguimos em frente, aprendemos com eles, o tempo vai passando e, então, percebemos que estamos diferentes, adaptados a nova vida, não sentimos mais o peso do luto.

      Nós, homens, somos muito inseguros quando se trata de cuidar dos filhos sozinhos. Não fomos criados para isso. Eu tive que cuidar sozinho de minha filha de 5 anos.

      Agora ela está com sete, está feliz. Às vezes fica triste quando vê as outras crianças com pai e mãe saindo para passear, ou nas apresentações da escola, dia das mães… Mas ela está aprendendo a viver com isso e segue em frente.

      Vai dar tudo certo, meu amigo!

      Continue escrevendo, isso ajuda. Se preferir discrição, peça para eu não publicar o post ou envie um email.

      Grande abraço!

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      • Olá Ronaldo td bem , vi o seu blog em 2018 me endentifiquei com ele ; por q também sou mas um pai viúvo ” li sua estória e experiência de vida e escrevi a minha também ; fiquei muito feliz em vê minha história no seu blog : q Deus venha lhe dar força sabedoria e muita fé para da continuidade a essa missão q Deus colocou em suas mãos abraço meu irmão de seu amigo e leitor Odair paiva

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