Vivência do luto na educação infantil

Escrito por Andriele Bittencourt Oliveira – Como trabalhar o luto na educação infantil

No momento do luto infantil a melhor forma de se superar essa fase muito difícil é através da ajuda dos amigos e dos familiares. Principalmente daqueles que fazem parte do cotidiano da criança. Foi dessa maneira que a turma se uniu para auxiliar a Rafaela a passar por este momento tão delicado que foi o luto de sua amada mãe.

 

O amor e a união dos colegas e amigos foi unânime para dar apoio a ela. As primeiras atitudes tomadas com a turma ocorreram da seguinte forma: antes da “Rafinha” voltar ao convívio com os colegas, conversei no momento da “rodinha” explicando de uma maneira simples e até mesmo lúdica para eles o que havia acontecido, “que a mamãe de Rafaela  havia ficado muito doente  e o seu coração adormeceu e ela havia virado uma linda estrelinha no céu!”.

 

Pedi para que dessem bastante carinho a ela e que respeitasse os momentos de tristeza da amiga e que não ficassem questionando o “por quê” da tristeza. Quando Rafaela retornou os colegas a acolheram com muito carinho. Nos momentos de choro, também dei o colo necessário para ela quando “pedia pela sua mamãe.” Foram muitas as vezes que também precisei segurar o choro para não passar mais  tristeza a ela.

Entre desenhos e lágrimas, colos e abraços, recuperou sua alegria. A estrela sempre sorrindo foi como a Rafaela passou a representar graficamente a sua mãe e o seu luto.

como trabalhar o luto na educação infantil

Com certeza não esqueceu e nunca vai esquecer a mãe que a gerou e que a ama onde ela estiver que esteja, seja na Terra ou no céu! Rafinha ainda fala na mamãe e sente sua falta, mas quando ela sente muitas saudades pede um abraço e se acalma.

 

Ganha um, dois, três abraços, quatro… tantos quantos ela precisar para ficar feliz! Pois é isso que a sua mãe estrelinha lá do céu quer que ela seja muito, mas muito feliz  aqui na Terra!

 


Sobre Andriele
Andriele Bittencourt Oliveira foi Professora da Rafaela, minha filha, no Jardim 2, na escola de educação infantil Sonho de Criança, em Porto Alegre-RS.
Acompanhou a primeira fase do luto infantil da Rafaela de 2014 a 2015, na idade de 5 e 6 anos.
A atenção especial dada a Rafaela pelos professores e funcionários da escola foi primordial para o processo de luto de todos nós.


 

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5 comentários em “Vivência do luto na educação infantil”

  1. Obrigada prof Andri. O seu carinho,cuidado com a Rafinha foi essencial nesse período tão difícil.Ainda me dói muito ver a Rafinha crescer sem a mãe.Faço o que posso para vê-la feliz, mas sempre penso que não é o suficiente.Obrigada por tudo!!!!

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  2. Convivemos com a Rafa e estamos nos surpreendendo com a força dela,força essa que tem seus momentos de grande saudade,a estrelinha foi nossa melhor definição no momento de falarmos do ocorrido, foi a maneira mais doce de falarmos que a mãezinha não estaria mais conosco mas q ainda estaria aos nossos olhos…enfim com o carinho de tantos que querem a família bem,a Catarina “prima” fiel companheira assim como todos os amigos e familiares,cobrimos de abraços, bjinhos e rosquinhas toda vez que a saudade vem,um abraço prof.pelo carinho com nossa pequena gigante!tia da Rafa!

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  3. Obrigada Prof
    amei teu texto e teu carinho com a Rafaela
    tua descrição sobre o que aconteceu me emocionou
    todos ainda sentimos muita falta, saudade
    mas com certeza a Rafa, a Bia e o Ronaldo precisam de todo o carinho e abraços
    forte abraço

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  4. Nós vivemos junto da Rafa e da família todos estes momentos. A saudade vai ser eterna, e muitas vezes a tristeza bate com força e ainda tenta nos derrubar. Mas, como a prof Andri escreveu, com muitos abraços conseguimos ver a alegria novamente, isto vale para a Rafa e para todos os papais que tiveram o privilégio de conviver com a estrelinha Eliane.

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  5. Pessoas como o papai, esta profe linda, e os amigos, com certeza tornaram mais ameno esta passagem na vida da Rafa…. Eu, mesmo sem conhecê-la, agradeço a Deus por tudo o que fazem por esta pequena família! Sigam em paz…

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